A arte de eternizar lembranças


Os momentos bons e especiais da vida passam rápido, não é mesmo?

Mas hoje iremos falar  sobre duas irmãs que descobriram uma fórmula mágica de eterniza-los...
Renata  e Claudia Senlle

Com o nome inspirado na deusa grega que é a personificação da memória, o Studio Mínemosine é uma loja virtual criada por Claudia e Renata Senlle, designer e jornalista, que mudaram os ares pesados de suas respectivas profissões em troco de algo mais leve, produzindo pôsteres  infográficos que dão vida as melhores recordações de alguém.
Carregando o lema voltado a materalizar as lembranças, os produtos buscam o mais lindo dos própositos: eternizar as melhores partes da sua vida com um belo cartaz.



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Felicidade - Por Luara Alves de Abreu

Reprodução/Internet


Já fazem alguns dias que sinto vontade de transbordar para as palavras um sentimento que sei lá ao certo o que é. Talvez gratidão.

Há tempos não me sentia assim, tão satisfeita com tudo, tão contemplando o mundo... Por ora até me escapa alguma lágrima involuntária, mas em momento algum é de tristeza. Combinaria mais com um excesso de transbordar, acho que é isso. É permitir-me.

Hoje vi um parque com cheiro de infância. Daqueles de cidade pequena sabe? Cheio de luzes coloridas. As luzes do parque fizeram acender em mim cores que eu mal sabia que tinha... Ah, que graça elas são!

Os gritos misturados com risadas e gente saindo daquele lugar com algodão doce na mão me fizeram lembrar o quão efêmera é a felicidade. Talvez dure o segundo de um dos brinquedos quando está parado no ar de ponta cabeça ou talvez dure os minutos enquanto se dissolve na boca o açúcar do algodão.

Não sei se é a chegada da primavera, se é a tensão pré-menstrual... Só sei que hoje fiz de mim parque. E só torço para que valha a pena o preço do ingresso. Que seja doce como o algodão e leve como a brisa que bate na nuca quando o brinquedo vira. Que seja. E assim seja!

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5 mil curtidas no Facebook + sorteio: livros, camiseta e marcadores



Nossa página atingiu 5 mil curtidas no Facebook! Depois do nosso "boom" de curtidas há alguns meses, quando passamos de 300 pra 4 mil seguidores, nosso bloguinho deu uma estagnada e foi crescendo aos poucos.

Nós estávamos planejando um sorteio para o aniversário do blog, mas vários contratempos nos fizeram adiar a ideia. Agora atingimos essa nossa marca e vamos aproveitar para comemorar, numa parceria com o blog Peixinho Geek e a Livraria e Sebo F&B - Felício e Belmiro!

Quer ganhar esses prêmios da foto + marcadores de livro feitos especialmente para o sorteio? Então preencha o formulário, siga as regras abaixo e participe!

Regras:

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Obs: com exceção da marcação de amigos, todas as instruções devem ser seguidas DENTRO do formulário abaixo

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A dama dos Palmares: o verdadeiro ícone da mulher negra contra o racismo

Dandara do Palmares 
Novembro esta metendo o pé na porta e definitivamente é o mês da Consciência Negra. Para o Brasil, em especial, tal "evento" tem um grau de importância maior e mais necessário, pois todo o país foi sustentado por séculos de escravidão negra abolida a muitos poucos anos atrás.

Milhares, até mesmo milhões de homens, mulheres, crianças e velhos pereceram e tiveram seu passado apagado devido a violenta colonização eurocêntrica, que afetou a vida de muitos negros até os tempos atuais, vide a miscigenaçãoo problema de algumas pessoas ainda terem dúvidas sobre quem são etnicamente, fora assuntos mais agravantes.

A existência de um mês, ou até mesmo uma data comemorativa sobre esse cenário, ainda causa bastante incômodo em algumas pessoas, que acham injusto mesmo tendo um enorme legado histórico, os negros ganharem uma data, ou um mês só deles. Em controversia, outras pessoas se mobilizam, como Movimento Negro ou Militância Negra, disseminando informações relevantes para conscientizar as pessoas sobre questões relacionadas centralmente a racismo, ganhando força mais para agora, com o empoderamento negro e negralismo.

A mídia e os sistemas de ensino como escolas, também despertam um interesse passageiro, abordando os temas de pautas negras de maneira rasa e sem informações mais embasadas, aprofundadas, mesmo todos citando um ícone em comum: Zumbi dos Palmares.

Zumbi virou símbolo da resistência escravista da época e na atualidade, um representante da luta contra o racismo em uma sociedade onde ele é tão enraizado quanto a nossa. Todos nós aprendemos na escola o quanto o líder do Quilombo foi de suma importância para os negros e negras que fugiam de seus cativos e precisavam de abrigo, mas a história dele possui outros segmentos e personagens igualmente importantes; muito poucos ou talvez ninguém saiba quem foi Dandara dos Palmares, uma figura tão notável para a história do país.
 Dandara e Zumbi foram marido e mulher, e ela lutou lado à lado de Zumbi contra o sistema escravista, buscando liberdade para seus irmãos negros.
Ilustração do livro 

Ela comandava tanto mulheres quanto homens e criava estratégias que resolviam os mais diversos problemas, bolava planos de fuga, e quebrava os estereótipos de gênero da época, que até hoje são impostos a nós mulheres, ao domiar técnicas de capoeira. Apesar de lamentavelmente sua figura ser encoberta de mistérios, Dandara foi esquecida de modo descarado dos livros de história, que de forma machista, apagaram sua já bem pouca história.

Muitos poucos movimentos megros e feministas a mencionam, fazendo com que ela tenha que quebrar as amarras do patriarcado - que cala a mulher - e do racismo ' que cala o negro - até agora, na atualidade, numa luta por reconhecimento que já não favorece a mulher, e ainda menos a mulher negra.

As mulheres negras são subjugadas, colocadas para escanteio no cenário político, musical, histórico, literário, artístico e afins, mas Dandara não deu por vencida, e assim como revindicou seu papel na resistência negra, revindica seu papel na história do país e da sociedade.

Ela não aceitava acordos de meia boca e mesmo sabendo-se quase nada de sua origem ou até mesmo figura física, é de conhecimento básico que Dandara morreu como a heroina que foi em vida, fazendo que as negras da nossa época, tenham uma inspiração para lutarem contra o racismo, machismo e misógino aintão plantado no Brasil e no brasileiro.

A morte de mulheres negras avançou nos últimos 54% nos últimos 10 anos.

Três a cada quatro mulheres são vítimas de pelo menos um crime de violência no pais.

Mulheres negras são as maiores vítimas de violência médica no SUS (sistema único de saúde.

55,2 % das vítimas de crimes dolosos - com intenção de mata- são mulheres negras.

52,1% de vítimas de lesões corporais são também mulheres negras.

Mulher preta resiste...

+ dados, referências e informações: Geledés

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O tratamento da auto estima e a saúde do bem estar pessoal

Imagem/Google 

De acordo com os dados do Instituto Nacional do Câncer - INCA, a estimativa de novos casos de neoplasia mamária são de mais de 50.000 mil ao ano, acarretando de forma mais comum entre mulheres, apesar de afetar 1% dos homens na avaliação total de casos da doença.

O câncer de mama é umas das causas que mais matam mulheres no Brasil, entretanto, Flávia Flores, ex-modelo de 37 anos, saiu dessa estatística e agora ajuda a outras mulheres a lidarem com os desafios da doença, e entre eles, a baixa auto estima, mantendo um blog de moda e beleza para mulheres que enfrentam o câncer. A ex-modelo descobriu a doença em outubro de 2012 e acabou deixando São Paulo para voltar para a cidade natal, visando se tratar perto da família que vivi em Florianópolis.

Imagem/Google 

Como sempre foi vaidosa, Flávia optou por auto estima para vencer a doença, e se manteve entusiasmada até mesmo após a retirada das mamas, depois das meses de quimioterapia, que altera a pele e faz perder os cabelos, algo que atormenta inúmeras mulheres que interligam beleza a isso.

E foi essa vaidade que a motivou a criar o blog a três anos atrás, o Quimioterapia e Beleza, que hoje ajuda mais 86 mil seguidores.

Imagem/Google

O blog compartilha das histórias das seguidoras que enviam fotos enquanto estão em tratamento, ou já passaram por ele, mostrando sua luta diária contra a neoplasia. A blogueira também mantém uma rede de doação, o Banco de Lenços, o qual qualquer pessoa pode receber um lenço em qualquer lugar do Brasil, basta se cadastrar no blog, tudo isso de graça, inclusive a entrega.

Apesar de Flávia ainda precisar tomar medicamentos, ela voltou para SP e diz completamente feliz e realizada " Eu acho que sou uma fadinha que realiza desejos, e isso me faz tão bem" finaliza, a fadinha das flores mais que especiais.










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Mais amor, sem favor! Você é boazinha demais. - Por Luara Alves de Abreu

Reprodução/Internet


De todos os rótulos que já me colocaram esse é sempre o que mais me ofende. Não é um elogio quando usam essa frase pra dizer que eu tenho que parar de ser quem sou, quando dizem que vivo errado e não devia me entregar tanto.

Ofende porque não deviam me fazer sentir culpa por isso, não é um crime ou vergonha. Poxa, é só amor! O que tem de tão horrível nisso? Acredito que horrível é quem não sabe receber.


Reprodução/Internet


Eu nunca perdi nada por me doar, porque transbordo tanto, que nunca vai me fazer falta. Em tempos de lambes com a frase “mais amor, por favor” espalhados por aí, como alguém pode ser recriminado por praticar? Eu queria que as pessoas estivessem mais preparadas para a troca mútua. Dizem tanto querer que uns se importem mais com os outros, mas se assustam quando alguém o faz.

 Não tem graça nenhuma viver sem reciprocidade.

E eu simplesmente acho ridículo quando me dizem isso com o ar de piedade. Tenham dó de quem não sabe amar, não sabe se entregar por viver com medo. Francamente, estou começando a crer na frase de Cássia Eller: O mundo está ao contrário e ninguém reparou!

Eu não, quero mais é transbordar, ser inteira e me doar. Uma vez uma amiga me disse que quem é mole nunca vai endurecer. Acho que ela estava certa... Me recuso a criar cascas e escudos por causa de dores passadas e me recuso principalmente porque aprendi com cada tranco e barranco da vida que amor é assim mesmo, quanto mais você dá, significa que mais você tem. Permita-se!




Luara é geminiana com ascendente em câncer. Intensa por natureza, socióloga por profissão, atriz por paixão, bailarina por amor e feminista por dever!


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Você não é obrigada a ter sororidade, mas também não nasceu desconstruída



A sororidade é uma das coisas mais complicadas no feminismo. Eu falo “complicada” tanto no sentido de dificuldade, quando de complexidade. A maioria de nós, quando decide exercer a sororidade, acaba sendo testada e desafiada de inúmeras formas.

Eu já tive (e tenho ainda) momentos em que quis mandar a sororidade pro quinto dos infernos e ser grosseira com alguma mulher. E sei que muitas passam pelo mesmo que eu. Nossa paciência é pequena, e a tentação de rachar mina às vezes é grande. A gente passa tanta raiva e já levamos tanta porrada nessa vida, que acabamos ficando na defensiva – ou no ataque, mesmo –, até com outras mulheres.

Além disso, é bem problemático cobrar sororidade de quem é mais oprimida que a gente. A mina que foi estuprada NÃO é obrigada a ser didática ou a “pagar com amor” quando diminuem a dor pela qual ela passou. A negra NÃO é obrigada a ver como irmã a branca que a oprime – direta ou indiretamente. A gorda NÃO é obrigada a ter paciência com a mulher que reclama de “magrofobia”

Sororidade é uma coisa linda, mas não podemos exigir que você tenha com quem te oprime. Só parar para pensar em como o discurso “mas somos todas mulheres!” se assemelha à fala masculina “somos todos seres humanos”. Sim, é absurdo.

"Mana, sou magra mas também sofro, vamos todas lutar juntazzzzzzzzzz" (reprodução/internet)
Em contrapartida, nós temos que tomar muito cuidado para não cairmos na armadilha de deixar o sangue ferver demais e acabar criando rivalidade com as mulheres que ainda não são desconstruídas. Não vou nem entrar no mérito da tecla sempre batida quando é esse assunto (de que assim estamos afastando mulheres da luta).

Aqui eu quero lembrar de que nós (e acredito que todas nós) já estivemos no papel dessa mulher. Sabemos bem que ainda são raras as pessoas nascidas em lares feministas (talvez na próxima geração isso mude), e que portanto quase todas as que estão hoje na luta trilharam um caminho até ela.

Não estou dizendo que o fato de já termos feito bobagens na vida anule os erros das outras pessoas. Se nós mudamos, é porque reprovamos as atitudes do nosso passado, afinal de contas. Não, não precisamos passar a mão na cabeça de ninguém.

O que estou falando é que muitas vezes nossa gana de berrar aos quatro ventos a nossa militância pode nos colocar num pedestal que não existe. Ser feminista não é suficiente para que você seja uma pessoa melhor: isso é exercício.  E ser uma pessoa melhor definitivamente não é a mesma coisa que se sentir superior.

Sororidade em ação (gif meio fora de contexto, sim). Imagem: reprodução/internet

Além de tudo isso, temos que medir nossas palavras em especial porque muitas vezes não enxergamos nossos próprios privilégios. E ser feminista pode ser considerado um deles sim. Não é apenas uma escolha, uma vez que existem mulheres inseridas em ambientes ou com pouca informação, ou que mina suas autoestimas, ou que simplesmente aprenderam que a opressão que sofrem é correta.

Se somos empoderadas e feministas, é porque tivemos oportunidade para sê-lo. E se isso não é um privilégio, sinceramente, eu não sei mais o que pode ser. Por isso eu sempre tento pensar duas vezes antes de rachar mina, já que na minha condição de classe média, graduada e com pleno acesso (e filtro) à internet, seria extremamente elitista da minha parte fazê-lo apenas porque eu posso.

Mais uma vez, ninguém está falando que devemos passar a mão na cabeça de todas as mulheres do mundo e que seremos condenadas eternamente por perdermos a cabeça com alguma delas. Mas o mínimo que podemos fazer é nos esforçarmos para não usar nosso feminismo para oprimir nossas irmãs, já que é exatamente o oposto que procuramos.

"Pra mim já chega. Pra mim definitivamente já chega" (tradução livre). Sugestão pra quando começar a perder a paciência e perceber que vai começar a rachar mina: simplesmente sair da discussão. (Imagem: reprodução/internet)

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A normalidade é algo dispensável, trivial!



Na imagem serei eu mesma, porque sim!



Como a sociedade consegui detectar um louco fora do padrão? Existe uma linha para separar o normal do anormal? Não exatamente, mas o simples fato de termos uma visão diferente do resto do mundo já nos transforma em insanos, vergonha da comunidade. 


Sabe aquela celebre frase "A maior evidência de insanidade é fazer a mesma coisa todos os dias e esperar resultados diferentes" (que até hoje eu não sei à quem atribuir)? Pois é dessa forma que eu observo nossa sociedade quimérica. é dessa forma que muitos vivem. Pobres iludidos, estão seguindo o cominho da iniquidade.


Eles querem que eu seja assim também. A normal, a correta, a mulher tradicional brasileira. Siga as regras, seja comportada, não discuta, vá com a corrente, senta, rola, dá a patinha...


MAS EU GOSTO DA MINHA INSANIDADE MEUS CAROS. Gosto de corromper a realidade e transformá-la em algo que seja só meu, que me faça feliz, me mostre o verdadeiro caminho e me entregue à vida, nunca á uma mera sobrevivência. 


Se eu seguir as suas regras digníssima sociedade, ai sim poderei dar adeus a minha sanidade. 


Aplausos aos insanos que fazem da loucura uma realidade feliz e única. Realidade essa que faz a loucura ser normal, e a normalidade algo dispensável!

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O que torna um filme feminista?

Mad Max: Estrada de Fúria (imagem: reprodução/internet)

Filmes e produções audiovisuais como um todo se diferem da maioria das formas de arte pelo seu caráter primordialmente coletivo. Eles não são como um livro, uma pintura ou uma escultura, que por serem feitos quase sempre de forma individual – no máximo em pequenos grupos – trazem clara a marca de seu criador.

Ao contrário, eles quase sempre demandam grandes equipes, que podem até seguir a mente de uma única pessoa, mas que contribuem de algum modo para a pluralidade do resultado. E grandes produções, principalmente, refletem os interesses de várias pessoas e organizações. Mesmo obras mais autorais, muitas vezes, acabam tendo um dedo ou outro de colaboração criativa.

Por isso é tão difícil pensar no caráter ideológico de um filme ou série de TV. Se por um lado é perigoso definir a bandeira de um filme apenas por seu conteúdo, sem considerar os interesses por trás dele, por outro é complexa a própria classificação desses interesses. Na hora de fazer essa análise entram em jogo os objetivos artísticos e financeiros, a liberdade criativa, o envolvimento de cada membro da equipe e vários outros fatores.

Eu acredito que isso faz com que a definição “este filme é feminista” VS “este filme não é feminista” acabe sendo mais subjetiva. Tendo, entretanto, critérios objetivos. Por mais que se possa entrar em dúvida se Mad Max – Estrada de Fúria (filme com conceitos feministas, mas dirigido e produzido por homens) é um filme feminista, não dá pra creditar como feminista uma comédia depreciativa do nível de A Verdade Nua e Crua apenas por ter mulheres no elenco. Também é bem doloroso ver alguma obra sendo considerada feminista a despeito de seu envolvimento com um diretor ou produtor abusador, por exemplo.

É compreensível a escolha tanto de quem só considera um filme feminista pela combinação de bastidores e conteúdo, quanto quem dá pesos diferentes para ambos os lados. É uma análise complexa, afinal de contas.

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Você é linda Moça - Por Nathalia Lourenço

Reprodução/Tumblr

Texto escrito pela Nathalia Lourenço para o Elas Por Elas


Era uma vez, uma moça inteligente, divertida, linda, simpática… e insegura.

Não posso nomear a moça, elas são muitas, são minhas amigas, são mulheres que nem conheço, sou eu mesma.

Não sou capaz de contar a quantidade de garotas que conheço que são inseguras, muito inseguras. Também não sou capaz de contar a quantidade de relatos diferentes e ainda assim tão parecidos sobre suas inseguranças.

Ah, moça… se soubesse que isso tudo são armadilhas que colocaram na nossa cabeça…

Desde muito cedo somos ensinadas sobre como devemos nos vestir, falar, como nosso corpo deve parecer. E ai, se foge desses padrões, bom, vão te aconselhar “amigavelmente” a mudar. Afinal, é para seu próprio bem que você seja magra, tenha cabelos lisos, que fale como uma moça deve falar, que se porte como uma dama e outras coisas.

O que as pessoas não percebem, ou resolvem ignorar, é o quanto isso é tóxico, ter que fingir ser quem não se é ou perseguir um ideal de beleza mesmo que isso custe sua saúde.

Pretty Hurts (A beleza dói), música de Beyoncé


Acredito que toda essa exposição do “normal” e padrão na mídia a qual estamos acostumadas seja a maior culpada por toda nossa insegurança.

A beleza é uniformizada, e todas devemos ser assim, idênticas, mesmo que tenhamos um metabolismo ou genética diferentes e outro estilo de vida.

E, supostamente, quando atingirmos esse tão desejado padrão seremos mais felizes do que somos agora.

Sinto muito moça. Sinto muito por terem colocado essas coisas todas na sua cabeça, por terem te feito pensar que não é boa o bastante, linda, inteligente. Sinto muito por não terem te ensinado a se amar, a ver todas as suas qualidades e a ressalta-las sejam elas físicas ou não.

                      Você é gentil, você é inteligente, você é importante. (Filme: Histórias Cruzadas)

Te convido a olhar para o espelho, a enxergar sua beleza e a pensar nas suas qualidades. Pode ser um pouco difícil se não estiver acostumada a se ver dessa maneira, então peça ajuda as suas amigas, com certeza elas saberão te apontar os motivos por você ser bela e especial.

Eu escrevi tudo isso só para dizer que você é linda moça. Acredite.

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Rezando pelo Haiti

Imagem do Site Folha Vitoria

Neste dia 28 de setembro de 2016 o ciclone tropical batizado de furacão Matthew atingiu a Jamaica, Cuba, República Dominicana, Bahamas e especialmente o Haiti onde mais 1000 mortes foram atribuídas a tempestade, mais o cômputo final deve ser muito mais devastador.

Matthew também atingiu ao longo de toda costa leste dos EUA, nos estados da Flórida, Georgia, Carolina do Sul e do norte no entanto, se tornou os dos mais letais dos furacões no Atlântico desde do Stan, em 2005, que matou mais de 1.600 pessoas na América Central e no México.
Imagem do G1


Unicef calcula que cerca 1,3 milhões de haitianos foram afetados pelo furacão, que passou por Tiburon com ventos de até 230km/hr e chuvas torrenciais. Diversas cidades sofreram danos alarmante em larga escala, deixando dezena de milhares de pessoas sem moradia e deixando muitas outras com 80% de suas plantações em regiões agrícolas.

A única ponte que ligava o sul ao centro do Haiti foi destruída, prejudicando os trabalhos de ajuda à população, e aumentando ainda mais a situação do país ainda se recuperando dos efeitos devastadores do terremoto de 2010. Foram organizados programas de ajuda internacionais no Haiti para o envio de alimentos, água, medicamentos e equipes de emergência.

Dinheiro também foi enviado na última segunda-feira, dia 10 de outubro, onde a colombiana Shakira fez doação no valor de 15 milhões de dolares (48 milhões de reais) para auxiliar após a destruição causada pelo Matthew. A doação foi feita através da fundação ALAS que supervisiona a reconstrução da ilha.

Imagem do site ego


No mesmo mesmo ano do terremoto a cantora também ajudou o país, doando 1,5 milhões para reconstruir a escola Elie Dubois, na capital de Porto Príncipe e participou da campanha que revertia os lucros para a recuperação do país. O velocista Usain Bolt, que marcou presença nas Olimpíadas do Rio de Janeiro nesse mesmo ano de 2016 também fez uma doação de 10 milhões de dolares ( 32 milhões de reais).

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Acima de sua serei eternamente minha

          (Foto: Tumblr)


Sempre fui poliamor e favorável ao poliamor, mas de uns tempos pra cá o apego tomou conta de mim. Posso parecer uma louca desvairada e anacrônica, mas no momento só uma pessoa me faz feliz dentro de uma relação de dependência.
Eu tenho ciúmes sim, medo de perder e vontade de ficar perto do fulaninho a todo o momento e me julguei muito por essa necessidade absurda e metódica de ter e ser completada por um só alguém sendo que existem 7 bilhões de pessoas no mundo.
Apesar das minhas pequenas crises meu amor e desejo não faz com que todas as mulheres do mundo tornem-se minhas inimigas, meu choro de ciúme é pelo medo de perder e não culpa das outras mulheres.
Minha intensidade sempre foi sufocante, e se eu to só com uma pessoa ela terá de mim tudo, mas isso não fará com que eu abra mão de quem eu sou, nem das minhas lutas e ideias, o meu amor anda de mãos dadas com a calmaria de saber que tenho do meu lado um alguém recíproco, que me ama com a minha intensidade e paranoias sem abusar do meu eu.
Eu não quero perder esse alguém, mas também não quero me perder em devaneios de posse e muito menos em histerias sem sentidos. Eu mereço e quero um alguém que me de as mãos nos momentos de desespero, e os beijos mais alucinados nos momentos que o tesão toma conta do meu pequeno ser.

Não desista de mim, mas não espere que um dia eu mude, eu quero você com todos os defeitos e artimanhas que te pertencem, e quero que me queira  inteira, maluca, neurótica, e acima de sua,  minha , toda e eternamente minha. 

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Inspiradas em Frida: Quatro pintoras surrealistas que você precisa conhecer


 
Jacqueline Lamba e Frida Kahlo (Foto: Divulgação) 

Enquanto uma guerra eclodia na Europa mulheres inspiradas suspiravam suas artes pelas mãos de Frida Kahlo, a grande inspiração feminista e surrealista da época.
Com um misto de sonhos, folclore, sentimentos e extrema realidade, essas mulheres transbordaram a sua arte e inspiraram o México e o mundo.



  1- Jacqueline Lamba: Conhecida pela sua personalidade ardente e forte, sua obra transbordava o eu da artista, sendo diferenciada, forte e única.


  2-  Remedios Varo:   Ela foi forçada a exilar-se da capital francesa durante a ocupação nazista da França e mudou-se para a Cidade do México em fins de 1941. Embora ela considerasse o México como um refúgio temporário, o país acabou por tornar-se sua residência definitiva inspirando muitas de suas obras e personalidade de suas pinturas



   3-   Maria Izquierdo: considerada pelo  pintor mexicano Diego Rivera, a artista com uma das personalidades mais atraentes do panorama artístico da época e da Academia, chamando-a de “um valor seguro; seguro y concreto”. Suas obras são conhecidas pela intensidade de suas cores

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Rennata - por Sara Tude

Reprodução/Internet


Algo nela me chamou atenção
Não sei dizer o que
Nem sei dizer porquê
Mas essa menina me fez perceber
Não sei dizer o que
Mas talvez, a realidade
Um outro lado da verdade
Algo despertou quando ouvi a sua oração
"Ele não sabe a minha história
A minha pele pode ser branca,
Mas ele não sabe a minha história.
Ele não sabe a minha dor
Ele não sabe a minha cor
Ele não sabe o caminho
Que os meus pés arranharam para chegar até aqui.
Para abrir a boca e dizer
Racista?
Minha pele pode ser branca
Mas ele não sabe a minha história
Ele não sabe os meus sufocos
Ele não sabe as minhas lágrimas
Ele não sabe as minhas dores
A minha mátria
Ele não sabe a minha luta
Ele não sabe a minha fome
De justiça
De igualdade
De minoria
Mas eu também sou maioria
Eu sou maior
E também posso ser
Ele não sabe que eu já sou
Eles não sabem que já somos
E sempre fomos
Sempre estivemos aqui
Para abrir a boca e dizer
Racista?"
Oração mais sincera
Clamor de quem se desespera
Não espera
Corre
E vive
E luta
E sofre
E vive
E ama
Confesso que foi assim que ela
Fez chamar à minha atenção
E depois disso, que descoberta!
Me desmontei e me desmonto
Dia após dia
A pensar naquela história
Naquela menina
Que vive
Ama
Corre
Existe
E ela é 
Uma
Duas
Três
Várias
Muitas
Dores e flores 
Num espelho, que reflete a realidade
Uma outra versão da verdade
O outro lado da rua pela qual ouso caminhar
E me arrisco a enxergar
O que muitos me esconderam
A realidade bate à porta
E eu, com prazer, 
A deixo entrar.


Me chamo Sara, tenho 19 anos, sou geminiana, artista, bailarina, poetiza, professora de dança contemporânea e apaixonada pela arte em todas as suas formas de expressão.


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Dando um lugar á mesa ao empoderamento negro



Cena de Don't Touch My Hair 
Já me sentindo em casa com as minhas parceiras do blog,  começo meu texto de estréia com uma confissão: eu nunca havia ouvido a sério Solange Knowles e me arrependo tão amargamente quanto tomar um gole de café preto sem açúcar por acidente.
Parece exagero meu tal citação, mas após escutar A Seat At the Table (Um lugar  á mesa ), o novo álbum que chegou as lojas e plataformas digitais sexta-feir, 30/09, lançado depois de um hiatus de 4 anos do bem falado True (Verdade), fiquei mesmo me perguntando o do porquê não te-lo escutado antes, pois é exatamente meu estilo de música mais do que o álbum da Beyoncé, Lemonade, o qual escutei inteirinho e amei, o que não é uma grande contradição assim...
Apesar de tratarem de temáticas diversas, existem similaridades como militância negra, feminina, racismo e cabelo ( Hold up * Beyoncé, Don't touch my hair * Solange) que coloca os álbuns como sendo dois lados da mesma história, complementos um do outro, mesmo com os formatos musicais bem afastados - mas isso não torna o álbum da mais nova dos Knowles iguais aos de Bey em algum aspecto. 


Cena de Cranes in the sky
Parcerias poderosas como Lil Wayne, Sampha e a própria mãe dela, Tina Knowles ( Interlude: Tina Taught Me), assim como as experiências de sua vivência como a luta de seu pai, Mathew Knowles, que trabalhou duro até se tornar em um empresário do ramo da música bem sucedido, sua luta interna contra o racismo e contra o "racismo reverso", algo que todo negro militante tem um pavor somente em ouvir, dão uma identidade única e singular ao álbum, com certeza lhe dando um lugar mais do que merecido sob nossa mesa, estantes e corações.

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Desabafo sem amarras

                                                           (Foto:Tumblr)



A sensação de não se encaixar em porra nenhuma é algo que sempre influenciou à minha maneira de viver a vida.
Comecei a faculdade em um curso e universidade ambos maravilhosos e ao mesmo tempo que sentia como se nada me faltasse, um vazio imenso e uma dificuldade enorme em socializar com aquele pessoal me tiravam do sério.

Nunca tive dificuldades em socializar, inclusive a miscigenação de culturas, gostos, modo de ver a vida foi algo que sempre me encantou e atraiu-me profundamente.
O fato é, eu sempre me achei errada demais para o mundo e tentava realizar mudanças impossíveis no meu modo de viver. Mas será que eu estive certa esse tempo todo em que tentei mudar meus aspectos para me encaixar em uma sociedade extremamente escrota e por muitas vezes ignorante?  Obvio que não, e eu sempre soube disso.

A aceitação de que eu não estava errada em não me encontrar no limbo social, me dá um certo alivio e desespero continuo. É muito chato se sentir sozinha no mundo, abandonada, desgostosa, mas mais chato ainda é fazer parte de uma sociedade padronizada onde as regras são impostas por corpos perfeitos, dinheiro, e vazios existenciais.

O meu vazio é fruto de uma solidão, do fato de não conseguir me encontrar em meio a multidões, e não um vazio de mim mesma. Eu sei que sou completa, tenho meus conhecimentos, minhas vontades, minha solidez pessoal, e eu não preciso de respostas do mundo para saber se estou certa ou errada no meu modo de viver, mudar o mundo sempre foi uma vontade minha da juventude, mas não tornando as pessoas parecidas comigo (até porque isso seria insuportável) o que seria mudar de uma padronização para outra.

O que eu realmente sinto vontade é de pegar um martelo magico que pudesse quebrar todo e qualquer bom costume que obrigue as pessoas a seguirem padrões, e se afastarem de seus desejos e vontades.
Tudo o que eu quero é demonstrar meus desejos, me realizar, e sentir a vida em mim como se sente pingos de chuva em uma tempestade, não aguento mais me esconder da chuva, da vida, das coisas boas que o mundo omite atrás de uma máscara de massificação e padronização.

Eu quero a luz de ser eu mesma e sentir a s radiações alheias como uma mágica que me adentra, me toca, e me transborda, quero ensinamentos e novidades que são inadmissíveis a consciência da sociedade atual.

Afinal, talvez eu só precise de liberdade, liberdade o suficiente para libertar, salvar e me salvar; liberdade de viver sem amarras, travas, mesmices, angustias. O mal amar e o amar fazem parte da alma, estou virando a outra face para a vida bater. 

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Cinco mulheres essenciais para o cinema brasileiro


                                                   (Foto:Divulgação)

O cinema atual não é só constituído das mesmas cartas marcadas (normalmente do sexo masculino) onde mulheres costumavam a ter papeis coadjuvantes ás margens de um personagem masculino e poderoso.
Atualmente o cinema brasileiro apesar de estar longe de uma igualdade, é bem  mais dependente das mãos de cineastas femininas. Conheça cinco mulheres que fazem toda a diferença na sétima arte em solos brasileiros.

                                                     (Foto:Divulgação)

1-     Lucia Murat: foi presa e torturada nos porões da ditadura militar fato que exerceu uma influencia fundamental para a sua obra.
    Obras de destaque: Que bom te ver viva (1989), Quase dois irmãos (2004), e A memória que me contam (2013)

                                                           (   Foto:Divulgação) 


2-     Lais Bodanzky: Além de diretora, também é roteirista e sua obra “Bicho de sete cabeças” foi considerada um dos filmes mais marcantes do cinema brasileiro o que lhe rendeu diversos prêmios

                                                                 (Foto:Divulgação)


3-     Anna Muylaert: Produtora de diversos programas de TV a cineasta produziu diversos curtas e teve sua carreira marcada pelo filme “Que Horas ela volta” sendo ganhadora da premiação “Grande premio do cinema Brasileiro”
 
                                                              (Foto:Divulgação) 

4-     Carla Camurati: Além de cineasta Carla também é atriz. Dirigiu diversas adaptações de Giacomo Puccini. Atuou em novelas e em 12 longas metragens.

                                                                     (Foto:Divulgação)


5-     Petra costa: Estreou no cinema produzindo e dirigindo o curta-metragem Olhos de Ressaca (2009). O primeiro longa, Elena (2012) que foi praticamente um documentário autobiográfico, foi exibido no festival Internacional de Cinema de São Paulo, na Semana dos Realizadores (Rio de Janeiro), no Festival Internacional de Documentários de Amsterdã (IDFA) e no Festival de Brasília do Cinema Nacional.


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