Vamos falar sobre feminismo liberal?

Imagem: reprodução/internet

Quanto mais nós lemos sobre o feminismo, mais informações surgem e com elas muitas dúvidas novas. As dúvidas que vamos tentar resolver hoje são sobre o feminismo liberal. 



O texto que estão lendo não representa nenhuma opinião pessoal (admito que a minha vertente feminista é a interseccional), ele foi feito de forma simples e objetivo para auxiliar quem, assim como eu, teve ou tem dificuldades em encontrar textos que sejam fáceis de entender e nos ajudem a conhecer melhor pelo o que estamos lutando.



Para ser bem sincera com vocês, eu não encontrei referências muito completas sobre essa vertente, então esse talvez seja o mais simples dos textos que já fizemos nessa coluna. Vamos abordar apenas algumas bases, ok?



O feminismo liberal, ou libfem, tem como foco a iniciativa livre de cada individuo. São os pensamentos que pessoas, gozando de todo o seu livre arbítrio, escolhem por conta própria, com o mínimo de intervenção vinda do estado, da família, da sociedade em geral.


Diferente do feminismo radical, que defende que as escolhas são condicionadas por regras da sociedade.



Para que vocês possam entender melhor, vou enumerar algumas das idéias defendidas pelas feministas liberais.



- se uma mulher modifica o próprio corpo para que ele se encaixe no padrão de beleza que sabemos ser estipulado pela sociedade, ela está exercendo liberdade de escolha. Existe o caminho de ter o corpo como é e padroniza-lo, e a mulher tem que ser livre para escolher entre eles por si mesmo.



- a prática da heterossexualidade feminina é uma escolha. Não é vista como uma regra estipulada ou questão biológica, mas sim uma decisão tomada conscientemente por cada uma. 



- a melhor forma prevista pelo libfem para colocar em prática a igualdade entre homens e mulheres é através de reformulação de leis. Reforma e uso da política e de meios institucionais. A ascensão de mulheres em governos, empresas e meios de comunicação é uma vitória para o feminismo liberal.



- algumas das questões que o libfem deseja concertar são a desigualdade salarial, permitir a aceitação de homens nas lutas feministas (Emma Watson defende essa ideia, vocês conhecem a campanha #HeForShe?) diminuição ou extinção do estado.



- o governo é visto como a maior causa das opressões sofridas pelas mulheres. Se o estado se envolvesse menos (ou melhor, não se envolvesse de forma alguma) essas opressões seriam cessadas. 



O feminismo liberal me parece o mais ligado a questões políticas (no sentido governamental), já que vê o governo como causa das opressões, do que as outras vertentes feministas. Não que as outras não possuam essa ligação, de uma forma ou de outra. Mas ainda preciso aprender muito sobre ele.



Como eu disse no início, me faltou material que ajudasse a compreender essa vertente. Por isso peço que todas as meninas que tenham material que complemente nosso texto, nos enviem. Estamos aqui para aprender com vocês! E se mesmo depois do que leu você ainda não entende coisa alguma, pergunte nos comentários. Nossos estudos não acabam aqui e quando surgirem mais informações, vamos atualizar tudo no blog.

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