Viajante


Ela vivia de idas e vindas. Idas além e vindas profundas. Viajava sempre e das mais diversas formas. Às vezes montava na bicicleta só com uma mochila nas costas e ia percorrer o estado. Em outras ocasiões, juntava malas e ia de avião para o exterior. Já conhecera 300 cidades da própria nação e mais outros 7 países. Já fora a todos os continentes, menos a Antártida – mas ela já estava nos planos.

Nunca ia duas vezes para o mesmo lugar, e já fazia dois anos que não voltava para sua cidade natal. Para onde eram essas vindas, então? Pois eram para dentro de si. Seu destino de volta era seu próprio ser, que estava sempre receptivo e aberto para ser enriquecido. Cada canto somava um pouco.

As pessoas que conhecia acrescentavam vivencias inimagináveis. Os lugares vistos podiam propiciar paz de espírito ou firmeza de caráter. As comidas provadas eram absorvidas sempre com um agradecimento. Aprendia com cada uma dessas coisas em seu âmago. E, só então, partia para uma nova viagem, pronta para sair de si.

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