Tá aí uma das milhões e infinitas coisas que
me incomodam absurdamente! Não é de hoje que sobrevivo quase que de modo obtuso
aos ditames de grandezas que atingem, com assombro, a existência das mulheres –
de muitas! Mas, enfim, onde mora o impasse? Eu respondo! No “inha”, no Mi, no
Nay, no La, no Tha, e por aí vai! Tudo bem! Eu até entendo a facilidade
promovida pele encurtamento, mas, então, por que diabo não nos deparamos com
tanta fluidez em apequenar o masculino?! Pelo contrário, pois, ainda que
notoriamente pequeno, são eles donos do “ão”. Logo, é Lucão pra lá, Murilão pra
cá, Felipão de cá, e assim segue o roteiro.
Minha ideia,
sem pretensões mais analíticas, é que há uma pura e grave ameaça a virilidade,
pois quem se arriscaria a chamar um homem de Felipinho, por exemplo?! Claro, a
menos que a intenção seja a sátira, não há aplicação que denote o contrário. E
é aí a minha grande implicância, pois se relegado ao deboche ou ao atributo da
fragilidade, é porque nós, ainda que gentilmente, somos fixadas no paradigma
arrogante de nos postar em menor escala.
O problema,
ademais, é tão irresolúvel e enraizado na mentalidade humana que, quando
fazemos uso da formalidade nominal completa, incorremos no grande risco de
arranharmos vulnerabilidades e amadurecermos relações de pouca empatia. Até
mesmo porque o legado do menor e pequeno se incute afavelmente nas novas formas
de nos invocarmos. É quase que um simpático ursinho de pelúcia estendido no meu
colchão! Só que eu detesto ursinho de pelúcia e, portanto, requeiro por direito
e certidão que se mantenha a designação abstrata que me ofertaram ainda pequena
– sem mais, nem menos! Por favor.
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