Aproveitando
o mês de aniversario, e também a Flip deste ano que homenageia a autora,
selecionei cinco fragmentos para se (re) apaixonar por essa mulher que
retalhava cotidianos transformando-os em poesia marginal.
Sempre recriando a si mesma, Ana era a perfeita
mistura da modernidade e cotidianos turbulentos escrevia com uma
sentimentalidade intensa e passional, assim como todo o resto de sua vida.
1-
Samba
canção:
“ fui mulher vulgar,
meia-bruxa, meia-fera,
risinho modernista
arranhando na garganta,
meia-bruxa, meia-fera,
risinho modernista
arranhando na garganta,
malandra, bicha,
bem viada, vândala,
talvez maquiavélica,
e um dia emburrei-me,
vali-me de mesuras "
bem viada, vândala,
talvez maquiavélica,
e um dia emburrei-me,
vali-me de mesuras "
2-
“pouso a mão no teu peito
mapa de navegação
desta varanda
hoje sou eu que
estou te livrando
da verdade “
mapa de navegação
desta varanda
hoje sou eu que
estou te livrando
da verdade “
3-
Fevereiro:
“Quando desisto é que surges
Quando ruges é que caio.
Quando desmaio é que corres
Quando te moves me acho
Quando calo me curas
E se te misturo me perco...”
4-
Ciúmes:
"Sinto ciúmes desse cigarro que você fuma tão
distraidamente."
5- Esqueceria outros:
“Pelo menos três ou quatro
rostos que amei Num delírio de arquivística organizei a memória em alfabetos
como quem conta carneiros e amansa no entanto flanco aberto não esqueço e amo
em ti os outros rostos”
Apesar da grandiosa obra é bem
difícil encontrar fragmentos da poetisa na internet, mas é possível encontrar
sua coletânea realizada pela companhia das letras no link: https://companhiadasletras.paginaviva.com.br/carrinho.cfm?id_ProdutoLoja=9788535923629
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