Ela sabe o que eu penso. De
olhos vendados e braços abertos para toda e qualquer aventura, é assim que eu a
sinto sob o olhar de um vazio: Serena, imutável, ausente.
Um pequeno momento em que me
recolho ao inatingível, ao mais próximo do miserável e longínquo sonhador. Sou
o contento de um instante perpetrado nessa eternidade de sonhar. Fantasia pura, tocada pelo desejo daquela
que, com gestos de loucura, coexiste em minhas invenções de por um pardo
momento não existir.
Atravesso com olhar intrigante
e desiludido a ambição dos movimentos que se combinam. Tudo ali se constrói em
um cenário de muitos sentidos. Quem me
dera se, de verdade, eu estivesse presente nas percepções de um segundo.
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